Compreenda o Risco Brasil e como as Agências Internacionais classificam os países em sua “Nota de Crédito”.
Rebaixamento do Brasil: onde você deve investir seu dinheiro até a tempestade passar ?
Repercutiu na mídia nacional o novo “rebaixamento” da nota de crédito do Brasil, agora pela agência de classificação de risco Moody’s.
O chamado “rating” brasileiro ou o “Risco Brasil”, já havia sido rebaixado pelas outras agências de classificação de risco, a Fitch e a Standart & Poor’s (S&P).
A classificação de risco está em nível “Grau de Não Investimento Especulativo”, o que traduzindo reflete a falta de confiança internacional na capacidade do país saldar seus empréstimos e como resultado cancela a capacidade do governo nacional e também das empresas sediadas no Brasil, de conseguirem crédito em agências financeiras internacionais, bancos internacionais e etc.
Muitos investidores internacionais, fundos internacionais e etc, simplesmente NÃO INVESTEM em países com nota de crédito abaixo de um determinado patamar de análise de risco.
Mas o que isso REALMENTE significa e qual a interferência para o Investidor Consistente brasileiro ?
No vídeo abaixo eu explico de forma simples o que significa esta questão e onde a economia brasileira sofre influência com relação a avaliação de risco feita por estas agências internacionais.:
O Brasil vive uma crise de crédito, nunca vi situação tão difícil – Joe Bormann, diretor da Fitch Ratings
Estes aspectos de avaliação são tomados por algumas questões essenciais. A falta de “capacidade” governamental para implementar os ajustes fiscais necessários para que a economia volte a crescer, a grande dependência dos commodities, o uso excessivo do crédito, faz com que a avaliação de risco por parte destas agências caia bastante.
O que poderia ser algo temporário e contornável se o governo aplicasse medidas que defendessem o livre mercado e afastasse o protecionismo e a falta de habilidade de negociação.
No infográfico abaixo, podemos analisar os graus de classificação de cada uma das agências principais.
Observem que nas três agências de avaliação de risco, o Brasil perdeu o grau de investimento, passando de “Grau de Investimento médio baixo”, para “Grau de não-Investimento Especulativo“.
- Atualmente a S&P classifica o Brasil como: BB
- A Fitch Rating classifica o Brasil como: BB+
- e a Moody’s classifica o Brasil em: Ba2
Abaixo o gráfico retirado do próprio site do Governo Federal,:

As três nos colocam na faixa de Grau de NÃO-INVESTIMENTO especulativo, o que prejudica muito nossa concessão de crédito internacional.
Isso significa que estas agências passaram a considerar o Brasil como potencialmente “não cumpridor” de seus compromissos, em outras palavras, com RISCO DE CALOTE eminente.
No que se refere ao Governo Federal, quando o Risco Brasil aumenta, o medo internacional é que o governo dê o calote em seus títulos e DEIXE DE PAGAR suas dívidas, especialmente para com os Investidores Internacionais.
No que se refere as Empresas, especialmente as multi-nacionais, o medo é que estas empresas não honrem seus compromissos com os empréstimos internacionais e passem a escalonar a dívida.
Esta questão provoca conseqüências danosas para Economia como um todo, pois os investidores internacionais FOGEM do Brasil, retirando seus recursos, o que naturalmente trará uma evasão de dólares, prejudicando nossa capacidade cambial. O dólar ficará mais caro, pois existirá uma evasão natural e a falta de entrada de dólares no país que antes entravam através destes investimentos internacionais.
As empresas perdem condições de utilizarem o crédito internacional, afetando principalmente multi-nacionais.
Os investidores do Tesouro Direto precisam se preocupar também com o risco do calote no pagamento dos títulos públicos.
E os investidores consistentes ?
Estes ESTÃO BLINDADOS, não sofrerão de forma direta com relação a este problema pelos seguintes motivos:
- Investidores Consistentes escolhem empresas de setores blindados contra crise, não cíclicas, não influenciadas por commodities ou menos atingidas pelas variações internacionais.
- Investidores Consistentes escolhem empresas boas pagadoras de Dividendos e com fundamentos que atestam a lucratividade e o crescimento sustentável dos negócios as quais se associa.
- Investidores Consistentes não estão preocupados com a precificação a curto prazo e TANTO FAZ que o preço das Ações caiam 20% ou seja, isso não significará nada além de NOVAS OPORTUNIDADES DE COMPRA, pois o que interessa aos investidores Consistentes são a consistência do negócio ao qual eles se associaram.
- Enquanto todos se assustam e vendem posições, investidores consistentes aumentam sua alocação patrimonial COMPRANDO mais ações a preços cada vez mais baratos.
Estas e outras características fazem com que Investidores Consistentes ultrapassem este momento de crise, fortalecendo sua base patrimonial, o que lhe gerará cada vez mais RENDA PASSIVA em forma de Dividendos e Juros sobre Capital próprio.
O Melhor e mais Atrativo investimento da atualidade no Brasil são Ações de Empresas sólidas e consistentes que possam vencer a crise, que tenham uma governança corporativa consistente e coerente, que consigam manter sua lucratividade e continuem pagando DIVIDENDOS.
Qualquer dúvida sobre este tema, deixe seu comentário abaixo e eu responderei.
Conheçam o Método Viver de Ações
Um abraço e $uce$$o a todos,
Tiago Lacerda
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