Os 3 Tipos de Economia Colaborativa e como Você Ganha com esse Estilo de Vida

Você já ouviu falar em Economia Colaborativa ou Compartilhada ? Não ? Pois bem, acredito que gostará de ler este artigo até o fim.

Há vários anos, economistas do mercado financeiro, cientistas e pensadores em geral, vem alertando para o fato de que a humanidade necessita de uma mudança drástica em sua forma de pensar, especialmente sobre o modelo consumista atual. 

As preocupações ambientais, a recessão global, o advento da tecnologia das redes sociais, a redefinição do sentido de comunidade e a mudança nas formas de relacionamento, pendendo para o virtual aquilo que outrora era concreto, são alguns fatores chaves que estão conduzindo a humanidade a este novo “modelo econômico” que afetará e muito a decisão pelos Investimentos para os próximos anos.

Segundo a especialista Rachel Botsman, a economia colaborativa contempla 3 possíveis tipos de sistemas:

1. Mercados de redistribuição: ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. Baseia-se no princípio do “reduza, re-use, recicle, repare e redistribua”.

2. Lifestyles colaborativos: baseia-se no compartilhamento de recursos, tais como dinheiro, habilidades e tempo.

3. Sistemas de produtos e serviços: ocorre quando o consumidor paga pelo benefício do produto e não pelo produto em si. Tem como base o princípio de que aquilo que precisamos não é um CD e sim a música que toca nele, o que precisamos é um buraco na parede e não uma furadeira, e se aplica a praticamente qualquer bem.

A Economia Colaborativa permite que as pessoas reeduquem seu estilo de vida, acalmem a face de seu ego, sua tendência consumista e passe a ter mais equilíbrio sócio-afetivo o que resulta em um resultado financeiro que afeta diretamente o próprio bolso e também o planeta e a sociedade como um todo.

No Método Viver de Ações, abordamos o conceito de Minimalismo Consciente, onde a pessoa aprende a diminuir ou controlar sua ânsia por consumo, aprende a “abrir mão” de algo supérfluo e a focar nos aspectos mais importantes de sua vida, naquilo que gera e traz significado a sua maneira de ser.

O carro fica cerca de 22 horas por dia parado na garagem e é utilizado basicamente para ir e vir do trabalho. O apartamento tem um quarto vazio, usado apenas para guardar objetos que não fazem parte do dia a dia: uma furadeira, ferramentas, violão, prancha de surfe, patins,vestidos de festa e equipamentos de fotografia. Se você não se encaixa nesse cenário, com certeza conhece um monte de gente que vive assim. Mas aí vai a pergunta: faz sentido deixar tudo isso juntando pó?

E se alguém dissesse que você poderia ganhar uma boa grana alugando tudo o que é seu e está ocioso, ajudar vizinhos, conhecer pessoas e ter boas histórias para contar? A esmola não é demais e o santo não precisa desconfiar: o nome disso é economia colaborativa (também conhecida como economia compartilhada), uma forma de usar a tecnologia para fazer negócios entre pessoas, economizar, promover a sustentabilidade e renovar a sua fé na humanidade – afinal, diferente do que as notícias na TV e os comentários em portais nos mostram, a maioria das pessoas são boas, honestas e não querem roubar sua carteira ou o seu rim. (www.hypeness.com.br)

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Na economia colaborativa, você pode alugar uma bike para passear, conseguir um vestido de uma grife chiquérrima para ir a um casamento, emprestar uma batedeira para fazer o bolo do seu aniversário e até arranjar alguém que fique com o seu cachorro enquanto você viaja. Nessa nova proposta, o acesso é mais importante que a posse (ora, já não é assim com os filmes no Netflix ?) e todo mundo pode ser fornecedor e consumidor ao mesmo tempo, garantindo uma autonomia financeira maior e descentralizando o fluxo entre clientes e empresas – há quem diga que a economia colaborativa promove a “oficialização do bico”.

A base fundamental do capitalismo é acumular a maior quantidade possível de bens. A indústria e tudo que a envolve corroboram isso. A publicidade é feita para nos criar desejos, precisamos ter para ser. Quando aprendemos a controlar estes aspectos, aos poucos nos liberamos.

Os bens são feitos para não durar, modelos novos de eletrônicos são lançados ano a ano tornando nossos produtos recém adquiridos obsoletos, no famoso ciclo da “obsolescência programada”. As empresas lucram quando compramos mais, a economia gira quando compramos mais, somos mais quando compramos mais.

Pensemos na Ride With, a nova funcionalidade do Waze que facilita caronas. Se as pessoas não precisam mais ter seus próprios carros para se locomover, como fica a indústria automobilística? Qual o impacto para toda essa cadeia: fornecedores, oficinas mecânicas, postos de gasolina, seguradoras…? E para todas as pessoas que trabalham em qualquer ponto dessa cadeia?

A indústria entra em colapso, o faturamento das empresas cai, o desemprego aumenta, leis são criadas para frear esse movimento, empresas tradicionais se revoltam com a concorrência desleal… Não é isso que temos acompanhado nos últimos tempos? A economia colaborativa nos apresenta um novo jeito de consumir focado no usufruir (serviço) substituindo o paradigma da posse do bem (produto).

Se avaliarmos a economia colaborativa com uma mentalidade tradicional não seremos capazes de enxergar a quantidade de oportunidades que despontam nesse novo cenário. Segundo a Forbes, a estimativa é que a economia colaborativa gere uma receita anual de US$3,5 bilhões para os usuários, valor que deve crescer 25% ao ano. Analistas econômicos ainda não incorporam em suas análises o impacto econômico dessa rede colaborativa e há espaço não só para startups, mas também para grandes empresas.

Investimentos diretos, aquisições, parcerias e até mudança em seu modelo de negócio são algumas formas que grandes empresas como Avis, GM e Google tem encontrado para ir ao encontro e não na contramão do fenômeno. A gigante DHL, empresa de logística, viu seu faturamento cair e para se reerguer lançou o aplicativo My Ways, capaz de conectar remetentes e destinatários, possibilitando que os próprios clientes fizessem o transporte das encomendas.

A despeito da análise de alguns economistas, empresas grandes, pequenas e até indivíduos podem aumentar seu faturamento e encontrar possibilidades de sobreviver à crise através da economia do compartilhamento.

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Uma nova forma de se relacionar

A economia do compartilhamento está mudando não só o modo como entendemos oferta e demanda e a nossa relação com os bens materiais, mas também nossas relações pessoais.

É como se a tecnologia que em algum momento nos afastou, agora estivesse nos colocando de volta para um movimento em que nos comportamos como uma vila, porém com laços que acontecem em escala global. A reputação volta a ter uma importância outrora esquecida, os nossos valores mudam e conhecer pessoas no meio desse caminho torna a experiência ainda melhor.

De tempos em tempos novas revoluções emergem, revoluções capazes de mudar tudo, do modo como trabalhamos ao modo como nos relacionamos. Estamos no centro de uma mudança de era e qualquer reflexão feita hoje, pode fazer menos sentido amanhã. Por isso, para não insistirmos em modelos obsoletos o melhor é enxergar as oportunidades que a economia do compartilhamento nos dá para não só sobrevivermos, como sairmos ainda melhores das crises econômicas que vem colocando em xeque o modo como entendemos mercados e a economia. (Fonte: TroposLab)

Repensando os formatos

A cadeia de valor da Economia Colaborativa mostra como empresas podem repensar seus modelos de negócios tornando-se “Prestadoras de Serviços”, “Fomentadoras de Mercado” ou “Provedoras de Plataformas”. As empresas com visão de futuro empregam um modelo, enquanto as mais inovadoras empregam todos os três, com a corporação no centro, abandonando assim a fórmula de preço, praça, produto e promoção.

Compartilhar sim, centralizar não

No coração da economia colaborativa estão empresas e projetos que surgiram a partir de variações do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to-peer), o chamado consumo colaborativo. Carros, alimentos, serviços, motos, moradia, informação, tecnologia, entre outros bens, podem ser compartilhados. Agregar valor em cada nível gera retorno, uma vez que os modelos representam um aumento na maturidade, exigem investimentos e resultam em benefícios para cada nível.
Esse conceito tem se provado um movimento duradouro, abrangente e revolucionário. Grandes corporações já passaram a adotar estratégias baseadas no compartilhamento em seus principais negócios, como a Toyota, ao alugar carros de concessionárias selecionadas e o Citibank, ao patrocinar um programa de compartilhamento de bicicletas na cidade de Nova York, como já ocorre no Brasil.

Os pilares do sucesso

A Economia Colaborativa é fruto da união de três pontos de sucesso que fazem o conceito cada vez mais atrativo a partir da evolução ampla da sociedade: Social, com destaque para o aumento da densidade populacional, avanço para a Sustentabilidade, desejo de comunidade e abordagem mais altruísta; Econômico, focado em monetização do estoque em excesso ou ocioso, aumento da flexibilidade financeira, preferência por acesso ao invés de aquisição, e abundância de capital de risco; e Tecnológico, beneficiado pelas redes sociais, dispositivos e plataformas móveis, além de sistemas de pagamento.

 

Hora da decisão, tempo de mudar

Para pegar carona nos novos caminhos que as forças de mercado vêm traçando, as empresas devem repensar seus modelos de negócios e incorporar um ou mais dos três modelos colaborativos já citados: “Prestadoras de Serviços”, “Fomentadoras de Mercado” ou “Provedoras de Plataformas”. Ao fazê-lo, elas vão evoluir ao lado de seus clientes.

O grande aprendizado para as empresas é que o relacionamento com os clientes mudou, é hora de libertar a empresa para ganhar o mercado. (Fonte: E-Commerce News por Cássio Krupinsk )

Investimentos e Ativos na Era da Economia Colaborativa

O grande desafio enfrentado pela economia colaborativa é a regulamentação, porque neste momento não conta com normativas claras. (Alejandro Romero)

Se a Economia Colaborativa está entrando com tudo e moldando novos negócios, nada mais justo que estas empresas também concorram no mercado financeiro

O grande alento é que podemos ser Investidores de empresas assim, transformando as mesmas em ativos, comprando ações destas empresas em questão.

Financiamentos Coletivos, os famosos crowdfundings, estão proporcionando crescimento a empresas que antes não tinham chances no mercado. 

Para o professor da FEA-USP Ricardo Abramovay, apesar do calor das discussões envolvendo alguns setores do compartilhamento, esse tipo de serviço, no mundo e no Brasil, é uma tendência irreversível e sua regulação terá que passar pelo consumidor. Abramovay afirma que os serviços compartilhados enfrentarão no Brasil alguns desafios específicos. Um deles é a falta de tradição em inovar.

“O Brasil é um país extremamente burocrático e tem dificuldade de entender e aceitar inovações”, afirma Abramovay. Outro aspecto, diz ele, é a violência urbana. Como exemplo cita a proliferação dos condomínios residenciais que oferecem diversas opções de lazer e muita segurança aos moradores. Muros altos, diz ele, só agravam o problema. Por isso, a importância da ocupação dos espaços públicos da cidade por seus moradores – seja por meio projeto das bikes, dos parklets ou dos espetáculos em praça pública.

Estaremos participando do CONAEC com a palestra Investimentos e Ativos na Era da Economia Compartilhada.

Os melhores Investimentos e Ativos na Era da Economia Colaborativa

Os melhores Investimentos e Ativos na Era da Economia Colaborativa

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Um abraço e $uce$$o a todos,

Tiago Lacerda

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