Aprenda a Analisar Qualquer Informação

Aprenda a Analisar Qualquer Informação, desde comunicados de uma Empresa a Opiniões de outros Analistas, Investidores, Políticos, Autores e etc.

É bem sabido que a Análise é uma das Capacidades mais importantes na vida de qualquer Investidor e SER O PRÓPRIO ANALISTA é um diferencial na vida de quem quer fazer diferença na própria construção patrimonial como um todo, ANALISAR é um dos segredos.

Porém, o que percebemos é que especialmente o Brasileiro NÃO SABE como analisar, tem dificuldade em exercer este princípio mental.  

Analisar é um processo de pensamento, um princípio intelectual  superior que difere os “animais intelectuais” das demais espécies que vivem em nosso planeta. 

Neste artigo, pretendo abordar os princípios que devem nortear qualquer análise IMPARCIAL, ou melhor dizendo, como possibilitar o aprendizado do processo de análise para facilitar NOVOS ANALISTAS embasados como Livres Pensadores da realidade como um todo. Não só realidade financeira, econômica e social em que vivemos, mas a análise relevante para qualquer outro elemento da realidade e do questionamento desta última.

Mas antes de continuarmos a questão é: VOCÊ QUER APRENDER A ANALISAR ?

Muitos CONSIDERAM a “Ignorância uma Bênção”. Observem:

Durante alguns anos, me deparei com inúmeras pessoas que simplesmente NÃO QUISERAM aprender, muito pelo contrário, preferiram “não saber” ou “ignorar”. Mas acredito finalmente que ao menos uma parcela substancial da população brasileira está optando por modificar a situação em que se encontra. E estão dispostas a aprenderem então a SEREM ANALISTAS e a não mais se permitirem escravizar pela “opinião” dos outros.

No vídeo, o personagem Cypher (The Matrix – 2009), conversa então com o “Agente do Sistema” e mesmo entendendo que está imerso a uma ilusão que nada mais é do que o sonho da humana escravidão, opta por “não lembrar de nada” e “ignorar” de forma absoluta.

É bem verdade que:

Alguns aceitam o mundo como os outros dizem que é, outros procuram saber como o mundo é realmente.” (Autor desconhecido)

 

O primeiro passo para quem quer realmente se tornar um Analista, ou seja, alguém com Mente Analítica, Científica, Metodológica, é reconhecer e se apropriar do significado de IMPARCIALIDADE.

Imparcial é um adjetivo de dois gêneros que descreve uma pessoa ou entidade que não é parcial, significa alguém justoretoequitativo ou neutro.

A imparcialidade é um quesito essencial na justiça. No caso de um julgamento, o réu tem direito a ser julgado de forma imparcial, ou seja, não é prejudica nem favorecida por causa de circunstâncias externas. O princípio da imparcialidade de um juiz serve para validar um processo, para que seja feita justiça. Assim, um juiz imparcial não revela preferência por nenhuma das partes, está acima delas e exerce a sua função de forma objetiva e justa. Mas também nos aspectos do estabelecimento de uma OPINIÃO, CRÍTICA ou  JULGAMENTO do que se refere a qualquer situação da vida e mais do que nunca, em relação ao mercado financeiro.

A imparcialidade é uma característica que diz respeito a várias áreas da vida, e pode ser verificada em qualquer pessoa ou instituição que exerce um poder ou influência. Um jornalista deve escrever notícias verdadeiras e relevantes que sejam do interesse público, com critérios editoriais bem definidos e de uma forma imparcial. Um cientista político deve estabelecer as relações entre aquilo que analisa embasando-se em dados verídicos de forma imparcial. Um Economista deve opinar sobre o Mercado Financeiro, a partir de análises criteriosas, demonstradas em indicadores verídicos, matemáticos, explícitos e imparciais.

Observem que para a Imparcialidade, não necessariamente, se exclui a emoção ou a opinião do autor, no entanto se dispensa um pré-julgamento, deixando este para o final do processo da análise e quanto mais IMPARCIALIDADE for promovida no processo, mais este julgamento final pode ser eficiente.

Por fim IMPARCIALIDADE tem a ver com a classificação e a síntese de dados verídicos, o confronto dos mesmos e a conclusão baseada especificamente em FATOS finais e não em suposições subjetivas.

Análise Imparcial

Uma Análise Imparcial, examina dados, informações, opiniões, teses, antíteses, sínteses, de forma a determinar a eficiência de alguma exposição informativa, no que tange a criação de argumentos ou pontos de vista, com propósito de alguma tomada de decisão.

Estas análises normalmente diferem quanto ao conteúdo da forma deste material a ser analisado. Por exemplo, você pode analisar um artigo, um livro, um periódico, um relatório, um balanço contábil, mas você também pode analisar pinturas, músicas ou poemas. 

Abaixo, apresento algumas FASES do processo de ANÁLISE CRÍTICA para você ampliar teu potencial analítico e aprender a analisar de forma imparcial.

Analisar
Analisar

FASE 1 – FAZENDO UMA LEITURA CRÍTICA 

Tudo o que você ler, seja analisado de forma fria, metodológica e seguindo um rigoroso processo, sem deixar que as emoções enebriem sua capacidade de conclusão. Os sentimentos e emoções são bem vindos, quando estão colocados em seu devido lugar. Quando estes últimos saem de lugar, o que temos são as chamadas DISTORÇÕES ou FALÁCIAS, que apenas servem para desmerecer qualquer argumento que  possamos ter ou conclusão em que possamos chegar.

a) Identifique a tese do autor.  Determine o que o autor está apoiando ou contrariando. 

  • Será mais fácil identificar a tese de um artigo acadêmico do que a de um filme por exemplo. Quando estiver analisando relatórios técnicos evidencie o que o autor está tentando “promover”.
  • Pergunte-se em qual contexto o argumento do autor está inserido e o porquê de o autor ter sentido a necessidade de se expressar aquela informação.
  • Pergunte-se se o autor oferece uma solução para problemas que possam surgir na tese. Pergunte-se se a solução é realística caso a resposta seja “sim”. Se as perspectivas e dados numéricos querem induzir a algo fictício ou a uma “suposição” o invés de uma realidade explícita.

Em muitos relatórios, periódicos, balanços e etc, o autor visa “amortecer” impactos ou “potencializar” impactos emocionais. Se este é o caso, você está diante de um informação “parcial” e portanto, o teu “rigor” como analista deve ser ainda maior.

b) Anote todas as ideias principais. Identifique as ideias principais do trabalho de forma a analisar sua estrutura.

  • Em um artigo acadêmico por  exemplo, as ideias principais podem ser encontradas entre os tópicos frasais de cada parágrafo ou período. Para trabalhos de ficção ou pinturas, você precisará se perguntar quais as evidências apresentadas pelo autor na tentativa dele de explicar sua tese. Para periódicos que não tenham uma estrutura FORMAL você deverá compreender o quesito de parcialidade ou de imparcialidade a fim de obter o mais completo esmiuçamento da informação apresentada para poder chegar ao argumento mais irrebatível.

c) Pesquise materiais pouco familiares. Use um dicionário e uma enciclopédia para estudar brevemente palavras e outros materiais que possam ser pouco conhecidos para você.

  • Pesquisas mais aprofundadas normalmente não são necessárias. A única exceção apareceria se o trabalho inteiro fosse construído em cima de um conceito pouco familiar. Nesse ponto, considere ler outros artigos que descrevam o conceito de maneira mais clara e que lhe insiram no contexto que será analisado.
  • A medida que você se habitua ao “jargão” utilizado dentro da área a ser analisada, no nosso caso, o mercado financeiro, você irá aos poucos se familiarizar com os conceitos e dispensando a necessidade de pesquisas mais aprofundadas a medida que isso se torne corriqueiro para você.

d) Reescreva a opinião com suas próprias palavras. Uma opção é fazer um delineamento de trabalho. A segunda opção é escrever um breve resumo sobre o que você leu. 

  • O resumo da informação lida deve ser construído em um ou dois parágrafos. Tente escrever esse resumo com suas próprias palavras. Isso vai te possibilitar ampliar conceitos e a compreensão a cerca do que você está analisando.

e) Identifique qualquer atrativo argumentativo usado. Os três tipos básicos de atrativos são pathos, logos e ethos.

  • Pathos é uma tentativa de conquistar as emoções do leitor. Trabalhos criados para entreter geralmente confiam em Pathos.
  • Logos é uma tentativa de usar lógica e razão para mudar a perspectiva ou opinião da pessoa.
  • Ethos apela para a credibilidade. Um autor que diz ser confiável por causa de méritos acadêmicos, pessoais ou profissionais está usando Ethos.

Estes atrativos quando “mau usados”, fazem com que o autor recaia nas chamadas Falácias Lógicas, desmerecendo a tese em questão e portanto facilitando a identificação da parcialidade da apresentação. Muitas vezes no afã de “ganhar a confiança” do leitor, autores das mais variadas áreas do conhecimento humano cometem tais erros. Isso não é tão comum no mercado financeiro especialmente por tratar de conteúdos técnicos e indicadores numéricos, mas é mais comum do que pensamos quando este autor, pretende esboçar uma opinião analítica especialmente quando quer “vender” sua própria ideia. Algo muito comum em “recomendações de investimentos”.

f) Avalie o quão bem o autor transmitiu significados. Determine se os atrativos do autor foram eficientes do seu ponto de vista como leitor.

  • Pergunte-se se você teve qualquer resposta emocional ou apelo emotivo. Você ficou feliz, triste ou nervoso em algum ponto da leitura? Se sim, pergunte-se o porquê disso.
  • Determine se as investidas lógicas e racionais do autor foram o suficiente para mudar sua opinião. Pergunte-se se o material foi claro, preciso, coeso e coerente.
  • Pergunte-se se você acredita que o autor é crível. Determine os motivos pelos quais ele é ou os motivos pelos quais ele não é.

Não repita o mesmo erro, ou seja, “parcialidade”. Releia o que está sendo informado e não “quem está sendo informado”. Quando um autor é desmerecido por falácias lógicas ou por apelos atrativos mau utilizados, perdemos naturalmente a confiança e tendemos a também cair nas mesmas falácias. Portanto, permaneça imparcial, analisando friamente o que está sendo estudado por você. Isso será imperioso  para a tua tomada de decisão final ou conclusão respectiva.

FASE 2 – ORGANIZANDO A PRÓPRIA OPINIÃO

a) Reescreva o que acabou de ler, utilizando suas próprias palavras. Este é um passo importante para você ampliar os conceitos e a própria compreensão.

b) Equilibre os pontos negativos e positivos, os prós e contras da tese analisada. Confronte estes elementos entre si.

c) Identifique quaisquer controvérsias que rodeiam o assunto, Inclua informações sobre o outro lado da questão quando o autor escrever sobre uma questão controversa. Explique o motivo pelo qual o autor conseguiu ou não conseguiu resolver o problema.

  • Isso é particularmente significativo quando pontos específicos ou questões do outro lado são mencionadas diretamente no trabalho.
  • Mesmo que o autor não tenha mencionado especificamente a oposição, é possível mencionar oposições comuns em sua análise crítica.

d) Identifique o quê foi realmente relevante para você. Aponte o porquê da relevância.

e) Evite o lado pessoal. Deixe para emitir tua opinião pessoal apenas na conclusão ou veredicto final.


FASE 3 – APRESENTANDO A PRÓPRIA ANÁLISE

Neste ponto, você já analisou e já tem a própria conclusão e veredicto sobre os argumentos que leu. Porém ainda não emitiu tua OPINIÃO ou CONCLUSÃO. Você pode querer apresentar isso a alguém, ou não… 
Caso queira apresentar esta opinião então elabore de maneira correta:

a) Apresente a Informação que você analisou. Neste momento apenas descreva e mostre as referências bibliográficas legítimas, quem foi o autor, 

  • Inclua informações sobre o contexto em que esta informação foi escrita.
  • Afirme claramente qual a tese ou propósito do autor.

b) Inclua sua própria tese. Sua tese deve ser uma breve declaração que resuma sua avaliação geral quanto a informação sendo criticada. Você pode apresentar uma tese cujos pontos positivos e negativos apareçam equilibradamente, mas existirão momentos em que você abrangerá pontos estritamente positivos ou estritamente negativos sem com isso você perder sua imparcialidade analítica.

c) Resuma a sua opinião De forma mais clara, direta e precisa possível.

d) Divida seu argumento Introdução (10%), desenvolvimento do teu raciocínio (80%) e conclusão (10%)

e) Conclua com seu julgamento final. O TEU VEREDICTO. Comprar ou não Comprar, Ampliar ou não Ampliar, se abster ou não, enfim, isso dependerá de qual material ou informação você estará analisando. Analisar de forma imparcial, serve para você chegar a uma conclusão final. O importante é dizer que a IMPARCIALIDADE se resume ao processo de análise, já o julgamento final, o veredicto, a conclusão esta será PARCIAL, ou seja, você como analista irá fatalmente se posicionar, mesmo que esta posição seja neutra, no entanto, será uma posição, não será mais imparcial.

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Espero que com este resumo, você se sinta mais esclarecido a como analisar.

Qualquer dúvida estou a disposição. Comente, Compartilhe nos grupos e Redes Sociais.

Tiago Lacerda
tiago@aprendainvestimentos.com

 

 

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